"Não há nada a temer de um filme que é apenas uma ficção e uma aventura pessoal ou comercial", afirma Signis, a Associação Católica Mundial para a Comunicação, depois de ver o filme O Código Da Vinci na abertura do festival de cinema de Cannes na França, opinião que se soma a grande quantidade de críticas à fita que não respondeu à grande expectativa que tinha gerado.

Signis, descreve o filme como "simples entretenimento. Enquanto as cenas iniciais apresentam um interessante jogo de pistas, na segunda parte do filme os excessivos diálogos e as permanentes reviravoltas da trama decepcionarão muitos espectadores".

"Não há nada a temer de um filme que é apenas uma ficção e uma aventura pessoal ou comercial", continua, e acrescenta que "o filme deseja mas bem agradar todo mundo e não incomodar muito ninguém. Os roteiristas se ocuparam de moderar com intermináveis diálogos as afirmações mais polêmicas do livro sobre a Igreja, a divindade de Jesus, o papel de Maria Madalena e inclusive o Opus Dei".

"A polêmica que acompanhou a publicação do livro e a estréia deste filme evidenciou o enorme impacto que as campanhas de promoção têm sobre o grande público. Esperamos que a Igreja possa aproveitar este fenômeno para explicar os fundamentos teológicos da fé e a esperança dos cristãos", conclui Signis.

"Não supera em nenhum momento o nível de um prazer culpado. Muita culpa, e prazer insuficiente", afirmou Kirk Honeycutt, do Hollywood Reporter, que indicou além disso que a interpretação de Hanks é "fria, quase endurecida". Lee Marshall, do Screen International, concorda e acrescenta que "há uma completa falta de química entre Hanks e Tautou".

Por outro lado, Thomas Sotinel do jornal francês Le Monde, afirma que a sensação que se produz quando se vê o filme é a de "ter errado de porta, parece que alguém entra na sala de conferências de uma seita estranha em vez de ter entrado num cinema".