Os sacerdotes da cidade valenciana de Vila-real elevaram um protesto formal contra os responsáveis pelo desfile que percorreu as ruas de Vila-real "ofendendo gravemente o sentimento religioso e as crenças de grande parte dos cidadãos".

Mediante um comunicado, os párocos expressaram seu "estupor e indignação em nome da Igreja católica" por "aberração" que significou o desfile, que foi presenciado pelo público em geral, inclusive crianças, além de ter sido transmitida por rede de televisões locais.

Segundo o jornal valenciano Levante, o desfile de alguns grupos com fantasias e escritos que faziam mofa do Papa Bento XVI foi rejeitado também por vários aldeãos, que qualificaram as cenas de "péssimo gosto, sem sentido, e ridículas".

Dois dos grupos participantes, os homens fantasiados de freiras e as mulheres de bispos, burlaram-se e ridicularizaram a fé católica. Sobre uma limusine, um participante vestido de Papa, sentado em sua poltrona e diante de uma igreja e na presença de algumas autoridades, realizou gestos e posturas obscenas.

Os doze sacerdotes assinantes do comunicado tacharam de "revoltante e profundamente imoral, que os poderes públicos tolerem este atentado contra a dignidade humana e as crenças religiosas da comunidade católica".

Por sua vez, exigiram ao consistório de Vila-real em sua qualidade de organizador da passeata, que adote todas as medidas necessárias para que as cenas não tornem a se repetir e anunciaram que adotarão todas as medidas legais que julgarem necessárias para obter desculpas públicas aos católicos que se sentiram ofendidos.