Por ocasião da celebração do Dia internacional da Família, o Foro espanhol da Família (FEF) lembrou que a Espanha é o país europeu que menos recursos dedica à mesma e denunciou que uma prova disso são as recentes leis anti-familiares promovidas pelo Governo.

"Com a equiparação do matrimônio com as uniões do mesmo sexo, a lei do ‘divórcio express’ e a lei orgânica de educação, o Governo de José Luis Rodríguez Zapatero não cumpriu nenhuma das promessas eleitorais que fez durante a campanha de 2004 a milhões de famílias espanholas", indicou o Vice-presidente do FEF, Benigno Blanco.

Acrescentou que é imprescindível para a Espanha propor a convergência com a União Européia em política familiar, especialmente em "apóio à maternidade e em políticas de conciliação da vida familiar e trabalhista".

"Enquanto nos últimos meses, a França e Alemanha aumentaram sensivelmente os apoios públicos à família e à natalidade, a Espanha está em ultimo lugar em incentivos à natalidade, já que as mulheres espanholas têm menos filhos dos que querem, devido em grande parte à falta de ajuda e recursos por parte do Estado", anotou Blanco.

O Vice-presidente do FEF assinalou também que é imprescindível avançar em uma política de conciliação para que os organismos e as empresas favoreçam a plena integração da mulher e facilitem a maternidade de suas trabalhadoras, já que "nenhuma delas deveria deixar de ter filhos por medo de perder ou rebaixar suas condições trabalhistas".

Por sua vez, o porta-voz do Instituto de Política Familiar (IPF), Liberto Sendero, advertiu que o balanço da política familiar da Generalitat da Catalunha é claramente negativo e desolador, já que durante a última legislatura apenas aumentou a ajuda à família. "longe de ajudar a família, a Generalitat se dedicou a praticar uma política sectária, encaminhada a desnaturalizar a instituição familiar e a favorecer os interesses de lobbies absolutamente minoritários, que não são representativos da sociedade catalã", indicou.

Ao se referir à reforma do Estatuto catalão, o porta-voz do IPF denunciou que "com isso se busca romper com o modelo constitucional de família, já que este é substituído pelo termo famílias, no qual estão inclusas figuras que não têm tal caráter".