Diante da iminente submissão nesta quinta-feira ao Parlamento Espanhol do projeto de lei de Técnicas de Reprodução Humana Assistida (LTRHA), casais que sofrem conseqüências psiquiátricas por ter ainda "filhos congelados" depois de um tratamento de fecundação in vitro (FIV) consideraram que a nova lei "atenta contra a saúde psíquica e física da mulher já que permitirá continuar congelando embriões".

"A fecundação in vitro nos amargurou a vida: ainda temos filhos congelados", manifestaram os membros de Mulheres Danificadas pela FIV (http://www.mujeresyfiv.es), uma associação de mulheres e casais que se submeteram a uma FIV na Espanha e que hoje sofrem "graves depressões e transtornos físicos" como conseqüência destas técnicas.

A porta-voz da associação, Rosa García, disse que seu rechaço à aprovação da LTRHA se deve aos filhos que ainda tem congelados em uma clínica particular "e que não quero que morram no congelador ou sejam destruídos em pesquisas. Tentaram implantar em mim oito embriões todos morreram. Ainda tenho quatro filhos congelados e não posso superar a angústia de pensar que vão morrer".

Pelo bem das mulheres e suas famílias, García pediu "o fim do congelamento de embriões filhos e a promoção e ajuda pública da adoção de embriões congelados. Se nossos filhos pudessem ser adotados, nos evitariam o estresse e trauma de pensar que vão morrer. Nenhuma mãe quer que seus filhos embriões sejam destruídos em pesquisas".