O responsável pelo departamento de comunicações do Opus Dei na Argentina, Esteban López del Piño, assinalou que a próxima estréia do filme "O Código Da Vinci é parte da campanha mundial montada contra a Igreja Católica, com o evidente propósito de desprestigiá-la por ser a única instituição em nível mundial que sustenta firmemente as bandeiras da defesa da vida e da família.

"No Opus Dei não temos nenhum desejo de polêmica e não haverá nenhum boicote ao filme nem nada parecido. É compreensível, entretanto, que os cristãos não possamos nos contentar com a explicação de que o livro pertence ao gênero ficção, porque quando insultam e desonram um ser querido não conta tanto o meio, como o que se diz", indicou López del Piño.

Acrescentou que é natural que a "os católicos não gostemos que insultem Jesus Cristo nem a Igreja, só porque supostamente isto faz a história mais atrativa", e que andar passivamente seguindo as palavras de Brown é a maneira mais fácil de cair em um precipício.

O porta-voz assinalou que as tergiversações do livro são muito diversas a tal ponto que quando descreve as práticas de mortificação que realiza um dos protagonistas da história nos fala de autoflagelações que chegam ao ferimento corporal e à deterioração da saúde pessoal, quando na prática cristã a mortificação é uma expressão do amor verdadeiro que exige entrega e sacrifício para o ser amado.

Finalmente, López del Pinheiro expressou que se os produtores do filme de Ron Howard são partidários da livre expressão, o respeito às crenças e a concórdia, podem incluir ao começar o filme uma lengenda esclarecendo que a história narrada é uma ficção.