Durante uma conferência de imprensa realizada ao concluir sua reunião sobre o tema “Juventude que desaparece?”, a Pontifícia Academia de Ciências Sociais destacou a necessidade de abordar o tema da juventude em meio das dramáticas mudanças demográficas.

No curso da conferência, a professora Mary Ann Glendon, Presidenta desse organismo, explicou que o tema “examina as vastas implicações das mudanças demográficas das últimas décadas” e que a discussão "abre uma nova possibilidade para o magistério social da Igreja que até agora não tinha analisado de forma tão explícita a situação dos jovens, como pelo contrário o tinha feito sobre a situação do trabalho, das mulheres ou dos pobres”.

A plenária, sempre no âmbito de seu tema central, abordou entre outras as questões da opressão e a exploração da população infantil, do chamado “inverno demográfico”, e do vazio espiritual que “impede a implantação profunda das ideais”.

Falou-se também de como o século XX tenha sido o “século das crianças”, pelo grande número de tratados internacionais encaminhados a proteger à juventude.

"Nenhuma sociedade, nenhuma cultura –concluiu Glendon–, pode permitir-se que a juventude desapareça, porque com ela desapareceriam também as esperanças e os nobres ideais de cada nação”.