O Papa Bento XVI condenou e expressou "grande dor" hoje pelo atentado perpetrado nesta manhã em Nasiriya (Iraque), que causou a morte de três militares italianos e um romeno.

Em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano, o Secretário para as Relações com os Estados, Arcebispo Giovanni Lajolo, apresentou uma carta que o Santo Padre enviou ao Ministro dos Exteriores da Itália, Gianfranco Fini, em que destaca "a contribuição generosa e desinteressada" das tropas internacionais "a favor da paz e da liberdade" no Iraque.

Na missiva "se expressa a grande dor do Santo Padre pelo novo e grave atentado que atingiu (três) jovens militares italianos, como também um soldado romeno" presentes no Iraque, disse o Prelado vaticano.

"O Papa os lembra -acrescentou- junto com seus seres queridos de um modo particular em suas orações. Inclusive o Cardeal Angelo Sodano, Secretário de estado, sente-se muito próximo da comunidade nacional italiana, particularmente atingida pela perda destes jovens".

Para Dom Lajolo "trata-se de ações violentas muito graves, sem justificação alguma e sem atenuantes. O atentado desta manhã nos lembra o sacrifício de 18 italianos (doze policiais, quatro militares e dois civis) ocorrido em 12 de novembro de 2003 nessa mesma cidade", acrescentou.

"Nossa atenção se centra nas notícias provenientes do Iraque quase cotidianamente de atos de cruenta barbárie, que não parecem cessar e retardam o complicado processo democrático naquele país", acrescentou o Arcebispo.

Depois de lembrar os atentados na Terra Santa, Tel Aviv, há algumas semanas, e no Egito, onde na segunda-feira a explosão de uma bomba deixou um saldo de 14 mortos e vários feridos, Dom Lajolo disse que "em nenhum caso se pode justificar o recurso da violência contra as pessoas inocentes e não se pode falar de `sacrifício' de parte dos terroristas, qualquer que seja a motivação que os mova a perpetrar ações desumanas como esta".