Em reunião com os bispos mexicanos que celebram nestes dias sua 81° Assembléia Ordinária, o candidato presidencial da coalizão Pelo Bem de Todos e membro do Partido Revolucionária Democrática (PRD), Andrés Manuel López Obrador, afirmou que questões como o aborto, a eutanásia e a pílula do dia seguinte serão submetidas a consulta popular, "porque em uma nação democrática assim devem ser abordadas".

Do mesmo modo, López Obrador destacou a pílula do dia seguinte e lembrou que a decisão de colocá-la no quadro básico de remédios foi decisão da Secretaria da Saúde.

Insistiu em seguida que, sobre o aborto, a eutanásia e a pílula "é preciso escutar as pessoas sobre esses temas, como corresponde a um governo democrático" e comentou, em relação à liberdade religiosa, que vai respeitar as crenças de todos os grupos, mas não se comprometeu em nenhum momento a outorgar liberdade plena, como em outros âmbitos exigiram os prelados: educação, meios de comunicação e hospitais, entre outros.

Do mesmo modo, o candidato presidencial se comprometeu a respeitar o triunfo de quem vencer as eleições de 2 de julho próximo e assegurou que se manifestará a favor do diálogo, por ser uma pessoa que respeita as decisões populares, e recusou ser partidário da violência. Acrescentou que em caso de ganhar as eleições, convocará a um acordo nacional para a governabilidade, na qual considera incluir a hierarquia católica.

Na reunião, Obrero se disse católico, assim como sua família, e assegurou que o interpretam mal ao considerá-lo só cristão, porque faz referências a Cristo, de quem admira sua vida e obra.

A reunião finalizou às 18 horas e López Obrero foi acompanhado a sua saída por Dom Carlos Aguiar, Dom. Abelardo Alvarado e o Núncio Apostólico, Dom. Giuseppe Bertello. Assistiu ao encontro acompanhado de seu assessor em política externa, José María Pérez Gay, e seu coordenador de imprensa, César Yánez.