O líder do Movimento Cristão Libertação (MCL), Oswaldo Payá Sardiñas, denunciou que os corpos repressivos cubanos agrediram de maneira "particularmente selvagem e cheia de covardia" uma ativista da dissidência cubana, Martha Beatriz Roque Cabello.

Na nota de imprensa, Payá explica que "semelhantes atos se repetiram contra mulheres e famílias indefesas, e são verdadeiras operações da Segurança do Estado combinadas com outros corpos repressivos e pessoas inescrupulosas".

Do mesmo modo, o comunicado, com data de hoje, indica que "a agressão contra Martha Beatriz Roque foi particularmente selvagem e cheia de covardia. Esta é uma agressão contra todos os opositores pacíficos de Cuba, mas também contra a cidadania. É uma agressão de estilo fascista-comunista que ultrapassa todos os limites da maldade. Igual, reflete um sentimento de impunidade, mas também anuncia um gravíssimo perigo para a sociedade cubana".

Payá destaca que "estas agressões contra qualquer irmão de nossa oposição pacífica nos encontrarão unidos em solidariedade, porque defendemos os direitos de todos os cubanos, e essa é a única razão pela qual estão agredindo a oposição pacífica".

Finalmente, o líder do MCL exorta "a comunidade internacional, todas as pessoas decentes e de boa vontade do mundo" a "condenar este ato abusivo e cruel contra uma mulher".

Martha Beatriz fundou em 1994 o Instituto Cubano de Economistas Independentes. Em 1997 se uniu a outros três investigadores e estabeleceram o grupo de trabalho da dissidência interna para analisar a situação sócio-econômica cubana. Escreveram A Pátria é de Todos, uma análise sobre a agenda do Quinto Congresso do Partido Comunista nesse ano. Martha foi presa e julgada em 2003 e condenada a 20 anos da prisão. Por problemas de saúde foi libertada em julho de 2004.