O aut-odenominado "Centro de Promoção e Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos" (PROMSEX), uma das organizações abortistas mais bem financiadas da América Latina, lançou uma nova ofensiva jornalística para obter a legalização do aborto no Peru antes da mudança de governo.

A estratégia do PROMSEX para legalizar o aborto consiste em promover a promulgação de um "Protocolo de atenção para casos de Aborto Terapêutico" elaborado pelo Ministério da Saúde sob pressão de organismos internacionais vinculados à ONU e organizações abortistas como o próprio PROMSEX.

"Na verdade, o suposto ‘protocolo’ não faz mais que criar uma longa lista de razões ideológicas e não médicas para que, de fato, o Peru se torne um país com total liberalização do aborto", advertiu Carlos Polo, Diretor para a América Latina do Population Research Institute (PRI).

Polo expressou sua preocupação pelo fato de que a Ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, assinalou que uma comissão estava trabalhando no protocolo para habilitá-lo antes do fim do governo. "É um tema complicado e ninguém parece querer sujar as mãos", declarou recentemente Mazetti ao jornal "La República", reagindo às pressões do PROMSEX.

"Se a Ministra da Saúde assinar o ‘protocolo’ tal como propôs o PROMSEX e outros grupos de pressão pelas costas do público e das leis peruanas, uma mulher poderia abortar por razões tão ínfimas como sofrer de enxaquecas", explicou Pólo. "A Ministra então estaria sujando as mãos... mas no sangue de não nascidos peruanos inocentes", acrescentou.

O Diretor regional do PRI disse também que o suposto "protocolo" está paralisado no Ministério da Saúde "simplesmente porque é anti-médico e ilegal"; e portanto "nenhum médico sério e nenhum homem de leis quer prestar-se à farsa montada pelo PROMSEX; nem sequer apesar das pressões exercidas por este organismo através de certa imprensa afim".

Pólo advertiu também que as organizações abortistas, "utilizando como desculpa supostos acordos internacionais que não são vinculantes nem estão acima das leis peruanas, querem que o ‘protocolo’ seja aprovavo às escuras, enquanto o país se encontra concentrado na luta eleitoral; para que com a próxima mudança de governo o Peru desperte... e descubra que é terra livre para o aborto".

"Confiamos na sensatez das autoridades peruanas e no sentido histórico do Presidente (Alejandro) Toledo; mas as organizações que defendemos a vida devemos estar alertas neste último lance de governo", advertiu finalmente Polo.