Diversos grupos representativos da sociedade galega apoiaram as declarações do Arcebispo de Santiago de Compostela, Dom Julián Barrio, que neste domingo defendeu na presença do presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, que o matrimônio é “essencialmente heterossexual e base inconfundível da família”.

“A Igreja opina o que muitos pais de família pensamos”, disse Manuel Gandoy, presidente da Confederação Católica de Pais de Alunos (CONCAPA) na Galícia.

Gandoy explicou que o matrimônio entre homem e mulher “está alinhado com nosso pensamento” e acrescentou que “concordamos plenamente” com as palavras do Arcebispo.

Segundo o presidente da CONCAPA, o “maior impacto” da lei impulsada pelo Governo socialista, e que criticou o Arcebispo, não está só no ‘matrimônio’ de homossexuais, mas no fato de que estes possam adotar filhos “porque a formação de qualquer criança deve recair sobre um homem e uma mulhe, que são os que têm capacidade”.

Do mesmo modo, o presidente da  Federação de Educação e Gestão da Galícia, José Luis Baños González, afirmou que a Igreja tem “perfeito direito de falr e orientar as pessoas que queiram escutar sua mensagem”.

Baños González, que é porta voz da Federação –a organização empresarial espanhola dos centros educacionais católicos que representa um milhão e 500 mil alunos de mais de um milhão de famílias– manifestou estar “pessoalmente de acordo” com Dom Barrio em suas declarações sobre a homossexualidade e afirmou que embora “sejam pessoas como outras quaisquer que têm direitos”, as uniões do mesmo sexo em matrimônio são como “uma barbaridade”, que não têm sentido “nem por natureza nem por nada”.

Baños manifestou sua discordância com as adoções por parte dos homossexuais e disse que quando os meninos ou meninas educados por dois homens ou duas mulheres  ficam desorientadas”.

Finalmente, o presidente da Federação esclareceu que a Igreja não pretende, muito menos governar, mas frizou que a lei “trivializa” o conceito de opção sexual.