A plataforma HazteOir.org e Profissionais pela Ética denunciaram que a disciplina Educação para a Cidadania, tal como a expõe o Ministério de Educação e Ciência, é uma matéria impulsionada pelo programa do PSOE: laicismo, ideologia de gênero, feminismo radical e cultura de morte.

A equipe de análise e documentação do HazteOir.org (HO), realizou um estudo do currículo desta disciplina que o Ministério da Educação enviou às entidades que colaboram na tramitação da Lei Orgânica de Educação (LOE), que será debatida no Congresso dos Deputados.

Alejandro Campoy, membro da equipe, advertiu que o programa faz colocações ideológicas que "não são nada neutros para um Estado aconfessional, mas sim encarnam elementos muito claros de determinadas ideologias sócio-políticas, de gênero", vinculadas aos movimentos de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais.

Ignacio Arsuaga, Presidente do HO, disse que esta disciplina "supõe um ataque direto contra as consciência dos cidadãos que nos confessamos católicos e, em geral, de todos os cidadãos que não compartilham as teses laicistas do Governo".

Indicou que ainda o Congresso pode se retificar e "votar a favor das modificações da LOE aprovadas no Senado, uma das quais elimina" esta matéria no ensino Primário. Disse que se assim for, os deputados do PSOE "demonstrarão que têm boa vontade para o diálogo", do contrário, terão ignorado outra vez "a uma boa parte da sociedade".

Acrescentou que o HO promoverá "uma campanha para pedir aos pais que façam objeção e se neguem a que seus filhos cursem esta disciplina", e oferecerá assistência jurídica "para os que defenderem nos tribunais seu direito de objeção".

Por sua vez, Profissionais pela Ética publicou as razões pelas que se opõe a Educação para a Cidadania. Uma delas é que esta disciplina corre o risco de se tornar instrumento de doutrinação ideológica na escola, atentando contra a Constituição que reconhece o direito dos pais a educar a seus filhos de acordo com suas próprias convicções. Além disso, o conteúdo não foi feito em consenso com a comunidade educativa, só com associações e entidades afins ao PSOE.

Ramón Novella, da Área de Educação, assinalou que "definitivamente a introdução da Educação para a Cidadania no currículum escolar nos leva a imposição de uma verdadeira moral de Estado".

Indicou que sua obrigatoriedade demonstra o menosprezo do Ministério de Educação pela disciplina de Religião, que é escolhida por quase 80 por cento dos alunos espanhóis e entretanto é opcional e não avaliável.