Quando na Colômbia a Corte Constitucional discute a legalização do aborto, o Secretário Geral da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom Fabián Marulanda; e a abortista francesa e coordenadora do Grupo Mulher e Sociedade, Florence Thomas; participaram de um debate sobre o tema no programa Sala de Redação da rede de televisão Citytv.

Durante o programa, moderado pelo editor Geral do jornal El Tiempo, Roberto Pombo, o também Bispo Emérito de Florença precisou que "aos católicos eu diria que o fato de que o aborto seja permitido, para nós isso não tem nada a ver. Mesmo que a lei diga: é permitido abortar, nós continuaríamos dizendo: ‘Não senhor’".

Por sua vez, Thomas indicou que "nos países onde legalizaram o aborto como a Holanda e França, este diminuiu radicalmente. Na Holanda atualmente a cada 100 gestações há 5 abortos. Na Colômbia a cada 100 gestações temos 27 abortos".

A tal afirmação, o Secretário da CEC respondeu dizendo que "o argumento das estatísticas faz-me rir. Diz-se que há três classes de pecados: o leve, o mortal e o estatístico. Eu tenho quantidade de cifras que provam o contrário".

Do mesmo modo, quando a abortista assinalou que freqüentemente a Igreja "se colocou em campos que não deveria estar tão colocada"; Dom Marulanda precisou que "quando a audiência vê um bispo enfrentando uma dama pensa que os únicos opositores do aborto são os padres. A maioria dos grupos não são de padres nem de bispos".

O Prelado destacou também que "esse filho ou embrião por mais que seja rejeitado pela mãe ou que o espere com raiva, uma vez nascido é um ser humano. Não é o amor nem o desejo os que o tornam pessoa", logo que Thomas tentou estabelecer uma inexistente pseudo diferença entre a vida biológica e a humana.

"No caso de uma menina violada, ao ser submetida a um aborto viveria uma segunda violação. A legislação é muito frouxa. Os favorecidos são os violadores. Eles riem", explicou o Bispo quando a abortista pôs como exemplo para um caso de aborto uma menor violada.