O Presidente da igreja presbiteriana reformada dos Estados Unidos, Rick Ufford Chase, negou hoje durante um culto no primeiro templo presbiteriano de Havana que exista "falta de liberdade religiosa" na Ilha, face às abundantes e constantes denuncia e evidências que demonstram o contrário.

Logo depois de explicar que "os líderes das Igrejas estão pedindo a nosso governo mais abertura, mais oportunidades de fazer essas visitas pastorais a Cuba por razões religiosas", Chase negou "a falta de liberdade religiosa em Cuba", assinalada não só pelo relatório do Departamento de Estado dos EUA sobre os direitos humanos no mundo; mas denunciada muitas vezes por pessoas como Oswaldo Payá, líder do Movimento Cristão Libertação (MCL).

"Há uma crença no governo oficial dos EUA de que não há liberdade de praticar a religião em Cuba. Depois de uma semana aqui, obviamente isso não é a verdade", afirmou um muito desinformado Chase. "É óbvio que as Igrejas aqui estão ativas e estão crescendo e o estão fazendo abertamente", acrescentou.

Por sua vez, Payá, que viveu desde seu nascimento (1952) na Ilha, em uma recente entrevista concedida à revista eletrônica da diáspora cubana, Encontro na Rede, precisou que "em muitas comunidades é evidente", a perseguição à Igreja, e esta pode ser observada concretamente em "agentes que vão permanentemente a escutar as Missas, e em alguns casos para serem vistos", o que "intimida as comunidades".

"Embora isto não seja público, tenho que falar, porque o conheço, sobre quantas religiosas e religiosos são vítimas de ameaças, de ligações por telefone, de chantagens", acrescentou Payá.

Além disso, destacou "a solidariedade humana de comunidades religiosas, sacerdotes, freiras, com os familiares dos prisioneiros".