Ao recordar hoje o primeiro aniversário da partida de João Paulo II à glória, o Papa Bento XVI ressaltou o legado e os últimos dias de seu predecessor ressaltando que "deixou uma profunda marca na história da Igreja e da humanidade".

"Em 2 de abril passado, tal dia como hoje, o amado Papa João Paulo II vivia a estas horas a última fase de sua peregrinação terrena, uma peregrinação de fé, de amor e de esperança, que deixou uma profunda marca na história da Igreja e da humanidade", disse Bento XVI durante a oração do Ângelus na Praça de São Pedro.

Diante de dezenas de milhares de pessoas que se congregaram no recinto vaticano, entre os que se destacavam especialmente poloneses, o Santo Padre lembrou a agonia e a morte do Papa Wojtyla, assim como diversos momentos de seus últimos dias.

"Nunca esqueceremos sua bênção de Semana Santa", disse o Papa ao evocar o dia de Páscoa, quando deu a bênção Urbi et Orbi "sem poder pronunciar palavra, com o único gesto de sua mão".

"Foi a bênção mais sofrida e emocionante, que deixou como um testemunho extremo de sua vontade de cumprir o ministério até o final. João Paulo II morreu como viveu sempre, animado pela indômita coragem da fé, abandonando-se deste modo a Deus e confiando-se à Virgem Maria", acrescentou.

Legado: Abri de par em par as portas a Cristo!

"O que nos deixou este grande Papa, que introduziu a Igreja no terceiro milênio?", perguntou-se Bento XVI, para responder: "Sua herança é imensa, mas a mensagem de seu longuíssimo pontificado pode se resumir nas palavras com as quais quis inaugurá-lo, aqui na Praça de São Pedro, em 22 de outubro de 1978: Abri de par em par as portas a Cristo!".

Durante seu discurso breve, interrompido várias vezes pelos aplausos dos peregrinos, o Pontífice comentou que "esse inesquecível chamado, personificou João Paulo II com toda sua pessoa e com toda sua missão de sucessor de São Pedro, especialmente com seu extraordinário programa de viagens apostólicas".

"A visita dos países de todo o mundo, o encontro das massas, a comunidade eclesiástica, os governantes, os chefes religiosos e as diversas realidades sociais, ele o cumpriu como um único grande gesto, que confirmava aquelas palavras iniciais', prosseguiu o Papa.