Centenas de muçulmanos afegãos protestaram na cidade de Mazar-e-Sharif, logo depois de anunciada a libertação de Abdul Rahman, um convertido ao cristianismo que segundo a lei islâmica deveria ter sido condenado à morte.

O Tribunal Supremo desprezou recentemente o caso contra Rahman, que foi denunciado de "rejeitar o Islã" em fevereiro passado, depois que a polícia encontrara uma Bíblia em sua casa durante uma disputa familiar pela custódia de suas filhas.

O caso de Rahman provocou o protesto da comunidade internacional. A seu favor intercederam o Papa Bento XVI, o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush; a presidência austríaca da União Européia (UE) e representantes da Alemanha, Itália, Reino Unido e Canadá, entre outros.

Abdul Rahman, de 41 anos, converteu-se ao cristianismo quando tinha 25, depois de trabalhar em uma organização humanitária que ajudava refugiados afegãos no Paquistão.

Segundo fontes próximas, além da pressão internacional, influenciaram nos julgamentos as dúvidas que existem sobre o estado mental e nacionalidade do converso, já que viveu nove anos na Alemanha.

Embora a procuradoria ainda pode voltar a acusá-lo, não é provável que aconteça, pela polêmica que o caso têm gerado.