A Santa Sé divulgou nesta sexta-feira os quatro temas que os cardeais trataram durante a jornada de reflexão e oração celebrada na quinta-feira na Sala do Sínodo: o estado do diálogo com os lefebvristas, o uso do Missal de São Pio V, o papel dos bispos eméritos e o Islã.

O primeiro tema, proposto pelo Cardeal Giovanni Battista Re, Prefeito da Congregação para os Bispos, foi a missão dos bispos eméritos na Igreja, ao considerar que o número deles é crescente, como resultado de que a medicina atual oferece uma vida ativa mais larga. discutiu-se, a respeito –embora sem chegar a nenhuma conclusão– a possibilidade de estender a idade limite de serviço dos bispos, que atualmente está fixada em 75 anos.

Depois, o Cardeal Darío Castrillón Hoyos, Prefeito da Congregação para o Clero e Presidente da Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei", explicou o segundo tema: os esforços para favorecer o retorno ao seio da Igreja dos membros da Fraternidade São Pio X.

A esse respeito, o Cardeal Castrillón assinalou que "os esperamos com os braços abertos"; embora vários cardeais mencionaram que os gestos de reconciliação não bastarão se a controvertida Fraternidade não aceitar as resoluções do Concílio Vaticano II.

O Cardeal Francis Arinze, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, abordou, à tarde o tema da reforma litúrgica pós-conciliar e a utilização do Missal de São Pio V. Sobre este assunto se destacou o interesse do Pontífice em escutar o parecer dos cardeais sobre se o Missal, vigente até 1962, deveria receber um indulto universal; quer dizer, se poderá ser utilizado livremente na Igreja, sem necessidade de uma aprovação explícita do Bispo local, como atualmente requerem as normas.

O quarto tema foi proposto pelo Cardeal Angelo Sodano, Secretário de estado, sobre a posição da Igreja Católica e da Santa Sé em relação ao Islã em nossos dias.

O Santo Padre, que escutou e tomou notas durante as intervenções dos diversos cardeais, fez ao final uma recapitulação dos temas dialogados.