Uma recente votação paroquial serviu para demonstrar o sentimento da maioria dos fiéis em Ratisbona, que confirmaram seu apoio a Dom Gerhard Ludwig Müller, em sua decisão de trabalhar por uma maior comunhão eclesiástica na diocese.

O Bispo de Ratisbona começou há alguns meses uma iniciativa para reduzir a burocracia diocesana, bem como para eliminar correntes secularistas, abertamente críticas à hierarquia, como a representada pelo grupo "Somos Igreja", que chegou inclusive a interpor um recurso hierárquico na Santa Sé contra a decisão do Bispo.

Recentemente chamou a atenção que dois destacados membros de "Somos Igreja", o casal Johannes e Sigrid Grebmeier, se lançaram como candidatos ao Conselho Paroquial de São Martinho, em atitude desafiante ao Bispo. Entretanto, os Grebmeier obtiveram apenas os últimos lugares 18 e 22 nos resultados da eleição, o que demonstrou o sentimento não só dos fiéis de Ratisbona , mas também de muitos católicos alemães que vêem nas ações empreendidas por Dom Müller, um exemplo a ser seguido pelos outros bispos, pois opinam que certas organizações de leigos, muito capitalistas no país, são contrárias à comunhão eclesiástica e esquecem a essência missionária da Igreja.

Uma destas ações foi o anúncio que há algumas semanas fez o Bispo de Ratisbona, de deixar de financiar o influente Conselho Central de Católicos Alemães, que, contra as instruções da Santa Sé e do lembrado pela Conferência Episcopal Alemã, continua participando do programa dos consultórios abortistas.