O dirigente do Movimento Cristão de Libertação (MCL), Oswaldo Payá Sardiñas, publicou um comunicado exigindo a mudança de regime dos presos em Cuba e a imediata libertação dos prisioneiros políticos.

Em sua carta, Payá denunciou "as condições desumanas de confinamento, a falta de assistência médica e os maus tratos físico e verbal" de que são vítimas os presos políticos e de consciência.

A nota do grupo MCL, que é ilegal no país, foi enviada aos meios informativos internacionais, intercedendo especialmente pela situação de um de seus militantes presos, Juan Carlos Herrera, um dos 75 dissidentes condenados a até 28 anos de prisão, e que sofre de doença cardíaca, problemas renais, hipertensão, asma e alergia, "que se agravaram com as cruéis condições desde que foi injustamente preso em março de 2003".

Payá lembrou que os presos, "políticos ou comuns, são também, e acima de tudo, seres humanos", por isso "merecem ser tratados com respeito à sua dignidade e seus direitos".

O agrupo dissidente reitera também seu chamado à comunidade internacional para que "levante sua voz em solidariedade com os prisioneiros políticos cubanos".

O líder dissidente católico também dirige um chamado aos cubanos para que "não sejam indiferentes a esta situação de maus tratos sistemáticos" com este "e outros prisioneiros políticos pacíficos, cujos únicos delitos foram defender os direitos de todos os cubanos e apresentar vias de solução pacífica para os problemas e males que afligem a sociedade cubana".

Finalmente, o MCL expressa sua solidariedade com Juan Carlos Herrera em "suas reclamações de assistência médica, condições de reclusão dignas e um tratamento humano e justo", e exige "a imediata libertação de todos os prisioneiros políticos pacíficos e de consciência".