O Bispo da Almería, Dom Adolfo González, denunciou que a cultura atual quer "expulsar Deus da praça pública para tirá-lo da ordem jurídica da sociedade", violentando dessa maneira o direito fundamental do ser humano de pronunciar o nome de Deus sem coação.

"Embora nos empenhemos em viver como se Deus não existisse, Ele continua saindo a nosso encontro em cada instante de nossa vida, Não podemos expulsá-lo dela, porque com sua guia vivemos, nos movemos e existimos", enfatizou o Prelado.

"Como poderão os crentes viver sem que se note que a fé ordena sua vida e projeta no mundo seu modo de viver na sociedade? Ofenderá inclusive a laicidade de uma sociedade adulta a possibilidade de que alguém pense que a existência de Deus é a razoável conclusão da observação do mundo?", perguntou o Bispo de Almería e acrescentou que se deve aproveitar o tempo prévio à Semana Santa para "introduzir-se na experiência benéfica do amor de Deus, que sempre sai a nosso encontro".

Dom González questionou também se diante do laicismo reinante será preciso renunciar a "qualificar a bondade ou maldade das ações e assumir o ditado mais comum da consciência moral dos humanos, para não obstaculizar a flagrante violação da moral natural por parte dos novos pedagogos da consciência".

Finalmente o Bispo de Almería indicou que para os que são incapazes de unir religião e ciência, o retorno anual da paixão e ressurreição de Cristo vem lembrar-lhes de que "o amor é a origem da vida e da inteligência porque Deus é Amor e é a Suprema Inteligência, que está na razão de tudo o que existe".