Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, o Foro Espanhol da Família (FEF) e outras organizações apresentaram na capital espanhola um programa para garantir o direito da mulher a ser mãe.

Na apresentação, o Vice-presidente do FEF, Benigno Blanco, destacou "a necessidade de instaurar uma Rede de apoio que implique a toda a sociedade para que nenhuma mulher se veja sozinha diante de uma gravidez inesperada, especialmente nos casos de adolescentes".

Acrescentou que o programa aplicado de maneira bem-sucedida nas comunidades de Madri, Murcia e Salamanca oferece alternativas reais e conta com apoio psicológico e ginecológico, bolsa-trabalho e ajudas materiais.

Enquanto isso, a Porta-voz da Plataforma Hay Alternativas, Carmina García Valdés, denunciou "os efeitos perniciosos do aborto tanto no bebê como na mulher, que vão desde danos físicos até psicológicos".

"As mulheres têm medo de denunciar negligências médicas em intervenções cirúrgicas para abortar, e ninguém lhes explica as conseqüências que provoca", anotou.

Por sua vez, a ginecologista Ondina Vélez, defendeu "o direito de todas as mulheres de ter seus filhos com alegria e sem pressões sociais ou trabalhistas" e precisou "que a maioria de abortos não se produz de maneira livre e voluntária, mas sim por pressões e falta de alternativas".

O programa que foi apoiado por centenas de associações através da assinatura do Manifesto pela Mulher e a Infância será impulsionado em todas as administrações locais da Espanha.