O Governador de Massachussets, um do estados mais liberais dos Estados Unidos quanto à defesa da vida, Mitt Romney, afirmou que apoiaria uma lei que proibe o aborto sempre e quando os legisladores a aprovarem. Indicou também que se reuniria com os bispos desse estado para conversar sobre as organizações da Igreja que dão bebês em adoção e a possibilidade de liberá-las de dá-los a casais do mesmo sexo.

"Tive uma boa conversa com Dom O'Malley (Arcebispo de Boston) sobre o importante papel da Igreja Católica como uma das maiores organizações de ajuda social em Massachusetts, e o vital serviço que proporcionam ao dar em adoção bebês com grandes necessidades emocionais e físicas", indicou Romney.

Acrescentou que gostaria que a Igreja continue proporcionando este serviço. Acredito que as instituições religiosas devam poder cumprir sua missão de ajudar as pessoas sem violar sua fé. Entretanto, como disse no passado, não posso, por uma ordem do executivo, ir contra as leis estatais contra a discriminação".

Julie Teer, porta-voz de Romney, assinalou à Boston Herald que o Governador apoiaria a proibição do aborto se os legisladores aprovarem uma medida a respeito, tal como se fez em Dakota do Sul, já que ele considera que "o Estado deve ter o direito a ser pró-vida se essa é a vontade do povo".

Quanto à adoção de crianças por parte de casais do mesmo sexo, Romney indicou que respeita e honra a livre prática da religião mas afirmou que não poderia dar aos grupos da Igreja uma exceção quanto à lei que exige que todas as agências de adoção considerem a este tipo de casais.

Por sua vez, os quatro bispos do estado de Massachusetts indicaram que lhe exigir às organizações de caridade da Igreja que dêem crianças em adoção a casais do mesmo sexo, viola os ensinamentos da Igreja e vão contra a Primeira Emenda que trata da liberdade religiosa.