Uma série de autoridades do vaticano expressaram sua preocupação pelos recentes ataques a cristãos em países como a Nigéria e Paquistão, onde faleceram mais de 140 pessoas, em protesto às charges de Maomé publicadas por um jornal dinamarquês.

"Se dissermos a nossa gente que não têm direito a ofender, temos que dizer aos outros (os muçulmanos) que não têm direito a nos destruir", afirmou o Secretário de estado Vaticano, Cardeal Angelo Sodano, aos jornalistas em Roma.

Por sua vez, o Embaixador da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Giovanni Lajolo, comentou ao jornal Corriere della Sera que a Igreja "deve sempre intensificar sua demanda por reciprocidade nos encontros políticos com as autoridades islâmicas e deve fazê-lo ainda mais nos encontros culturais".

Por outro lado, o Secretário da Assinatura Apostólica, Dom Velasio De Paolis, comentou ao jornal La Stampa que "já tivemos o suficiente, oferecendo a outra face. É nosso devem nos proteger. O Ocidente se relacionou com os países árabes por 50 anos e não lhe foi concedido o mínimo quanto a direitos humanos".

Do mesmo modo, o Bispo Rino Fisichella, Reitor da Pontifícia Universidade Lateranense, assinalou ao mesmo jornal que "devemos pressionar as organizações internacionais e os estados de maioria muçulmana para que assumam suas responsabilidades", indicou.