Os Tribunais de Castilha e Leão insistiram aos pais dos alunos, que há alguns dias solicitaram a retirada dos crucifixos de uma escola de Valladolid, a mostrar-se tolerantes porque não existem argumentos razoáveis para acreditar que a imagem de Cristo na Cruz seja um obstáculo para a convivência.

Ao insistir sobre o respeito às crenças das pessoas, o conselheiro de Educação nos Tribunais, Francisco Javier Ivarez, lembrou às famílias dos alunos do Colégio Macías Picavea que a decisão final sobre se as cruzes devem continuar ou não nas salas de aula compete unicamente ao Conselho Escolar.

Ivarez explicou que o crucifixo "tem várias interpretações, posto que o simbolismo é individual, já que este não é dado pelo objeto mesmo mas sim pelas pessoas".

Nesse sentido, considerou que a existência destes sinais estão dentro da convivência normal de uma escola, que sempre está regulada pelos responsáveis da mesma.

Há alguns dias, um caso parecido ocorreu na Itália quando um tribunal confirmou que os crucifixos seriam mantidos nas escolas ao reconhecer que estes representam valores civilmente relevantes e independentes da profissão de fé dos alunos.