Além da habituada distribuição de preservativos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) do estado da Bahia anunciou que durante o próximo carnaval distribuirá pílulas do dia seguinte.

A SMS afirmou que durante o carnaval irá colocar a disposição das mulheres o questionado fármaco nos nove postos de emergência que instalará para a data. A medida já levantou polêmica entre mulheres, especialistas de saúde e representantes da Igreja Católica.

A coordenadora da área técnica da saúde da mulher da SMS, Tânia Nogueira, indicou que o objetivo "não é incentivar o sexo sem preservativo, mas sim evitar o número de abortos depois do carnaval". Segundo ela, a distribuição da pílula do dia seguinte faz parte das ações da campanha "Não transforme seu desejo em gravidez não desejada" criada e patrocinada pela SMS.

O Bispo Auxiliar de Salvador, Dom. João Carlos Petrini, criticou a decisão e explicou que se "por um lado parece haver preocupação pela população, os procedimentos são extremamente questionáveis, não somente por sua eficácia, mas sim porque eles mesmos são uma forma de aborto".

Dom Petrini lembrou que embora "cada pessoa tenha nascido e crescido com a própria liberdade para saber o que significam cada uma de suas ações, não por isso devem acolher tudo o que se oferece na praça".