O Presidente da Comissão Episcopal para a Educação e Arcebispo de Bahía Blanca, Dom Guillermo José Garlatti, denunciou que a educação privada é discriminada e exigiu a implementação de políticas estatais para que o princípio de liberdade de ensino se faça plenamente realidade na Argentina".

"Não existe na prática uma plena equiparação e uma eqüitativa e justa igualdade de oportunidades, inclusive no que respeita à gratuidade do ensino", afirmou Dom. Garlatti durante a inauguração do tradicional Curso de Reitores, organizado pelo Conselho Superior de Educação Católica, ao qual assistiram o subsecretário de Educação da Nação; Alberto Sileoni; o subsecretário de Culto da Nação, Alejandro Grossman; e a secretária de Educação portenha, Roxana Perazza, entre outros.

O Prelado insistiu em que o princípio de liberdade de ensino deve se fazer realidade no referente a planos educativos, criação de escolas e institutos, e ao sustento econômico "no contexto de uma justa e eqüitativa igualdade de oportunidades".

Considerou que os recursos devem chegar "de forma eqüitativa, justa e igualitária, ao ensino público de gestão privada" para que as muitas escolas pobres e marginais, "tenham acesso a um orçamento completo para seu sustento e financiamento".

Dom Garlatti se mostrou em desacordo no referente ao possível veto à Lei Federal de Educação vigente, porque "continua sendo, ainda hoje, um instrumento muito valioso para a educação argentina, e que possibilitou muitos avanços mesmo que não foi aplicada integralmente". Entretanto, considerou que se deve revisar "aspectos estruturais e instrumentais" e, sobretudo, "corrigir o corrigível para que a Lei tenha a operatividade funcional que a sociedade argentina reclama e para que a igualdade de oportunidades seja uma realidade também em obter uma educação de qualidade para todos".

Além disso insistiu às autoridades educativas a que incorporem em uma futura lei de educação sexual nas escolas os critérios e orientações que o Episcopado elaborou em um documento titulado "O desafio de educar no amor", que será publicado na sexta-feira no marco do Curso que busca "uma adequada formação humana, espiritual e moral de nossos jovens".