O Arcebispo do Kirkuk (Iraque), Dom Louis Sako, lamentou que "a comunidade cristã iraquiana esteja uma vez mais convertendo-se em uma Igreja de mártires", devido aos atentados com explosivos perpetrados no último domingo em templos cristãos dessa cidade e Bagdá.

Depois de presidir o funeral de Fadi Raad Elías, uma das vítimas dos atentados, o Prelado revelou em uma entrevista concedida à associação internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) que as pessoas foram em massa à Catedral de Kirkuk para demonstrar que mesmo com a violência estão mais comprometidos com o cristianismo do que nunca".

Acrescentou que para seus fiéis foi um grande consolo comprovar que muitos muçulmanos assistiram aos funerais das vítimas e garantiu que os católicos no Iraque não vão permitir que sejam expulsos com atos de agressão.

Dom Sako informou também que, graças à colaboração do AIS depois dos atentados, pôde entregar dinheiro para os gastos de enterro a cada uma das famílias das vítimas. "Estavam muito agradecidos. Para eles, foi um importante gesto de solidariedade, porque demonstra que não estão sozinhos", concluiu.