A ampliação de um acordo com a empresa informática norte-americana Hewlett-Packard permitirá aos Museus Vaticanos e à Biblioteca preservar os conteúdos de seus documentos da ação do tempo  e ampliar sensivelmente o acesso aos mesmos.

Segundo os especialistas, o  ambicioso projeto de digitalização, em andamento desde há alguns anos, levará ainda muito tempo, pois o número de documentos –alguns dos quais se  remontam ao século XIII-  é surpreendente:

·        Mais de 150.000 manuscritos em todo tipo de superfícies.

·        8.300 volumes manuscritos (dos quais 65 são de pergaminho).

·        1.600.000 volumes impressos, antigos e modernos.

·        100.000 documentos soltos

·        300.000 medalhas e moedas.

 “É preciso levar em conta que existe um cúmulo de documentos no Vaticano que fisicamente ocupa 20 quilômetros de galerias”,  disse o Porta-voz da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, a Pablo Romero, do jornal “El Mundo” da Espanha.

“Os suportes são também muito variados, e são mito delicados pelo material de fabricação e pelo passar do tempo”.

Além disso, o trabalho deve ser realizado de maneira lenta devido a que freqüentemente se deparam com uma “falta de trabalho documental prévio”, ou seja, com certa desordem no material original.

“Há certos documentos –explicou Navarro-Valls a “El Mundo”-, principalmente os que se referem à doutrina da Fé, ou temas de consciência, que não foram difundidos em seu momento, embora muitos outros tenham sido apresentados à  luz pública recentemente, tais como as cartas trocadas entre Henrique VIII e o Vaticano, por motivo de seu divórcio com Catarina de Aragão,  por exemplo”.

Finalmente, segundo  Navarro-Valls  o recurso às novas tecnologias  implicam uma dupla vantagem: “pura conservação, e acesso mais fácil para a consulta”