O Secretário Geral do Instituto de Política Familiar (IPF), Mariano Martínez-Aedo, advertiu que o anteprojeto de reforma do Imposto sobre a Renda de Pessoas Físicas (Irpf), aprovado pelo Conselho de ministros, atenta contra as famílias porque estabelece, entre outras coisas, o aumento da taxa que pagam atualmente por cada filho.

Martínez-Aedo indicou que esta reforma é, além de outro descumprimento das promessas eleitorais do PSOE, um passo a mais para a discriminação da família.

A reforma, afirmou, "não só reforça em seu articulado o caráter individualista e anti-familiar do anterior Irpf, mas sim, inclusive, introduz a possibilidade de eliminação da tributação conjunta".

Nesse sentido, explicou que o IPF analisou o anteprojeto e encontrou que entre os aspectos desfavoráveis está que este "penalizará às famílias com filhos".

"Uma família com dois filhos e em que só um deles tivesse um trabalho remunerado, pagará mais Irpf que outra família sem filhos e os mesmos ganhos mas obtidos entre ambos cônjuges. Isto se produz independentemente da renda familiar", assinala o estudo.

Além disso, a iniciativa do Governo dificulta o desenvolvimento das famílias jovens sem filhos onde só a gente trabalha, porque pagará a mesma quantidade de impostos que "a mesma família jovem sem filhos e entre ambos cônjuges ganhassem o mesmo". Acrescenta que isto também "se produz independentemente da renda familiar".

"Em definitiva", assinalou Martínez-Aedo, a tentativa do Governo de José Luis Rodríguez Zapatero, "vai mudar pouco a atual situação de injustiça para a família", por ser "uma reforma regressiva" que castigará e penalizará a família, pois opta "por uma concepção individualista".

Finalmente, expressou que do IPF "reclamamos uma autêntica e verdadeira reforma do Irpf realizada com perspectiva de família" que tenha em conta sua real capacidade econômica e suas funções sociais, "e não manter o modelo atual injusto para a família e que a penaliza".

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