O Arcebispo de Córdoba, Dom Carlos José Ñáñez, emitiu uma carta na qual apóia e pede respeito para os sacerdotes que vivem fielmente seu celibato, diante da polêmica criada por um presbítero de sua arquidiocese que assegura ter mantido relações sentimentais  com mulheres e homens.

Diante da controvérsia criada pelo Padre José Guillermo Mariani , que há algumas semanas ganhou fama internacional por seu escandaloso livro “Sin tapujos: la vida de un cura” (Sem censura: a vida de padre), Dom Ñáñez confessou sua  profunda dor pelo desconcerto e confusão” pelas declarações do  presbítero.

O Arcebispo precisou que “não se trata de querer dissimular ou ocultar nada, trata-se simplesmente de que haja certos temas, certas experiências que convém considerar com autenticidade mas ao mesmo tempo com delicadeza, por respeito às pessoas, a sua intimidade e a suas convicções”.

Neste sentido, lembrou que “o celibato que os sacerdotes assumem com inteira liberdade é também um dom que procede de Deus e que o capacita para viver com particular intensidade sua caridade pastoral em favor do povo de Deus”.

Por isso, acrescentou que  “é necessária uma atitude de fé para reconhecer isso e é indispensável uma disposição de docilidade à graça divina para vive-lo com plena fidelidade”.

“A missão do sacerdote é ser prolongação viva do Senhor Jesus e de seu ministério salvador entre os homens. Para isso recebe uma comunicação abundante do Espírito Santo que o impulsiona e anima constantemente. Cada sacerdote deve cuidar desse dom renovando permanentemente a liberdade e a generosidade com que o abraçou”, explicou.

O Arcebispo expressou seu reconhecimento e agradecimento “aos sacerdotes de nossa arquidiocese por seu esforço para viver sua resposta aos dons de Deus com generosidade e fidelidade”.