Ativistas afro-americanas irão liderar a marcha pacífica que se realizará em São Francisco no sábado, 21 de janeiro, com o lema "As mulheres merecem algo melhor que o aborto", em que milhares de ativistas pró-vida partirão em defesa dos não nascidos.

"As mulheres negras constituem 7 por cento da população dos EUA e este setor sofre 35 por cento de abortos provocados", assinala Star Parker, uma mulher que se submeteu a quatro abortos antes de se tornar comentarista política e fundadora da Coalizão da Renovação Urbana e Educativa. "Não há maneira de que um selo no caso de Roe vs. Wade seja algo em pró dos negros", acrescenta.

Parker, Presidenta do Feminists for Life of America, Serrin Foster; e o reverendo Clenard Childress, fundador do BlackGenocide.org, são os três principais oradores da marcha, que se realizará na véspera do aniversário da sentença de Roe vs Wade.

No ano passado, a marcha convocou sete mil e 500 pessoas. Neste ano os organizadores esperam mais participantes, com gente do Alaska, Washington, Texas e Flórida.

"O aborto reflete que ainda não cobrimos as necessidades das mulheres", afirma Foster, quem fez um chamado para que quem apóia o aborto deixe de considerá-lo como um serviço para as mulheres.

"As mulheres e as crianças são vítimas da indústria abortiva, que se apresenta como parte dos direitos humanos", indicou o reverendo Childress, que também fez um chamado a seus "irmãos e irmãs para que assumam o valor dos primeiros cristãos, que sob pena de morte resgatavam as crianças de morrer nas ruas romanas. O aborto é o infanticídio moderno, não é um direito civil de ninguém".

"Nesta marcha falamos pelos que não têm voz, por aqueles que foram silenciados e abusados", prosseguiu e acrescentou que "nossas mulheres foram vítimas da indústria do aborto mais que de nenhuma outra instituição desde que fomos concebidos como nação".