Bispos pertencentes a Conferências Episcopais da Europa, Canadá e Estados Unidos, expressaram sua solidariedade com os cristãos da Terra Santa e pediram a construção de uma paz sólida entre o Estado de Israel e o povo palestino onde convivam "dois estados viáveis e três confissões religiosas".

Os bispos participaram de um encontro com a Assembléia de Ordinários Católicos da Terra Santa. "viemos como peregrinos em oração para rezar pela prosperidade da Igreja e de todos os povos da Terra Santa", afirmaram em um comunicado.

Na reunião estiveram representados o Conselho de Conferências Episcopais Européias, a Comissão de Conferências Episcopais da União Européia, e as Conferências Episcopais da Áustria, Canadá, Inglaterra e Gales, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia, Suíça e Estados Unidos.

No texto, assinalam que a peregrinação serve para atestar "a vibrante fé da Igreja em seu culto e em seu serviço ao povo por meio de muitas instituições eclesiásticas". Entretanto, exortam aos fiéis a rezar pelos cristãos da Terra Santa, fazer peregrinações aos Santos Lugares e apoiar "generosamente as instituições da Igreja local", promovendo "iniciativas que tragam a paz e a justiça".

Paz na Terra Santa

Nesse sentido, os prelados reconhecem "o legítimo direito de Israel a usar medidas apropriadas de segurança, mas tais medidas deveriam proteger a dignidade, os direitos humanos, a terra e a água do povo palestino".

"Somos testemunhas das duras condições e da pobreza que sofrem os palestinos como resultado direto dos controles de segurança e do muro que dificulta o desenvolvimento econômico e a liberdade de movimentos. A segurança de Israel está vinculada com a justiça para os palestinos", afirma o comunicado.

Depois de esclarecer que não procuram o poder político, os bispos exortam moralmente "as autoridades públicas a trabalharem por uma paz justa (...), juntos devemos construir pontes e não muros".

Do mesmo modo, o texto indica que animarão a suas "respectivas comunidades e governos para que ajudem a criar uma resolução justa do conflito".

Finalmente, o grupo assinala que a crítica situação no Oriente Médio "não nos leva a otimismo" mas "nossa fé e nossos encontros com os jovens nos fazem ter esperança em um novo começo".