Dias depois de que um setor do PSOE ter ameaçado votar contra os próximos orçamentos se não acabarem com o "super-financiamento" da Igreja, esta semana o Ministro da Justiça, Juan Fernando López Aguilar, anunciou que "é preciso rever, e razoavelmente" os Acordos Igreja-estado em matéria econômica.

Como tinha adiantado em dias passados a Vice-presidente do Governo, Maria Teresa Fernández de la Vega, esta revisão é conseqüência da exigência da União Européia ao Estado espanhol para que comece a cobrar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) à Igreja. "O caminho está traçado, e agora basta dialogar", assinalou López Aguilar nos Informativos da Europa Press.

Depois de destacar que o atual modelo de relações econômicas Igreja-estado "expõe problemas de atualização", o ministro recordou que a Igreja tem o compromisso de alcançar a "suficiência financeira". Assim, "a definição da cooperação tributária, e assim o reconhecem os próprios acordos, é transitória até que esse horizonte não seja alcançado".

"Felizmente" o financiamento da Igreja não se apóia exclusivamente nos recursos estatais, mas sim "em um amplo caudal de recursos próprios e de patrimônio", disse o ministro. Entretanto, advertiu, a Igreja deveria "administrar os próprios recursos com austeridade e em consciência de que não duram para sempre".