As autoridades de Tuluá, município próximo a Cali, pretendem multar as pessoas maiores de 14 anos que não portarem preservativos consigo em uma polêmica medida que procuraria frear o contágio de AIDS e gravidez precoces.

Conforme informou a imprensa colombiana, o vereador William Peña Sabogal propõe um projeto que faria do preservativo um elemento tão obrigatório nos bolsos dos habitantes como o documento de identidade.

Peña antecipou que sua proposta contemplará para os "infratores" o pagamento de um salário mínimo diário ou receber três horas de aulas em prevenção de doenças de transmissão sexual.

O vereador encontrou oposição no Vice-ministro de Saúde, Eduardo Alvarado, que acredita que não deve ser obrigatória porque "o ideal é sensibilizar e motivar as pessoas".

Para jovens da cidade, como Luis Enrique Planos, de 15 anos idade, "uma medida repressiva não leva a nada. É responsabilidade pessoal carregar ou não a camisinha. Não todos os majores de 14 anos temos relações sexuais".

Do mesmo modo, o sacerdote Jesus Velásquez, que serve pastoralmente em Tuluá, classificou a proposta como absurda. "Seria como vender armas nas esquinas. O que se requer é educação e respeito pelos valores morais e cristãos. Quer dizer, eu tenho que carregar camisinha mesmo sendo religioso", indicou.