O padre Daniel Portillo, especialista regional para a América Latina do Centro para o Acompanhamento de Menores na América Latina (CEPROMELAT), falou com a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, de cinco pontos essenciais da Comissão Pontifícia para a Tutela de Menores para combater os abusos cometidos por membros da Igreja.

1 - Divulgar as diretrizes da Santa Sé. “A orientação para a revisão das diretrizes, como oferta de atualização para que cada uma das Conferências Episcopais possa contar com elas, e também promover a sua publicação em cada um dos países”, disse Portillo.

2 - Colaboração entre as conferências episcopais.“O tema da colaboração direta entre as Conferências Episcopais para que possam ser estabelecidos centros de informação, que são mencionados no artigo 2 da Vos estis lux mundi”.

3 - Acompanhar os bispos para prevenção. “O acompanhamento para as visitas ad limina, para poder acompanhar as Conferências Episcopais em matéria de prevenção”, para que saibam “como fazer um relatório sobre este tema”.

Uma visita ad limina é aquela que os bispos de uma conferência fazem ao Vaticano para informar sobre a situação de suas respectivas dioceses ao papa e aos dicastérios da Santa Sé. Geralmente acontece a cada cinco anos.

4 - Criar centros de escuta. Para atender às possíveis vítimas.

5 - Elaborar um relatório anual. Padre Portillo recordou que o papa Francisco “pediu que lhe oferecêssemos um relatório anual. Então, conforme vamos visitando os países e tendo contato com eles, esses países vão sendo acrescentados a este relatório anual”.

O padre disse que sua “nomeação como especialista regional para a América Latina é uma aproximação mais concreta da comissão ao continente americano”. Ele contou que a ideia é estabelecer uma colaboração direta com as conferências episcopais e as congregações religiosas para traçar “estratégias que possam ser mais operacionais”.

“Significa também a possibilidade de poder orientar, apoiar em tudo o que for necessário, concretamente em cada uma das conferências”, disse.

O padre Portillo disse que a missão confiada a ele é fazer “uma comissão mais estratégica e operacional”, que potencialize “os recursos de que cada uma das Igrejas locais dispõe” para “gerar esta responsabilidade”.

Em 15 de março, o cardeal Seán O'Malley, presidente da Comissão para a Tutela de Menores, comunicou que o órgão está passando por um período de renovação para fortalecer ainda mais o trabalho de prevenção em cada país.

Para isso, apresentou a nova equipe de diretores e consultores para todos os continentes, explicando que cada um tem uma responsabilidade e missão específica.

Além do padre Daniel Portillo, a leiga, doutora María Inés Franck, e a doutora Eliane di Carli, brasileira, também foram nomeadas como assessores e membros da equipe para a América Latina.

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