O papa Francisco refletiu sobre o “acolhimento gratuito”, elemento essencial que uma sociedade deve ter para integrar todos os seus membros.

O papa Francisco recebeu hoje (9) os participantes do encontro formativo da “Cátedra do Acolhimento”, promovido pelas religiosas da casa de acolhimento em Roma, Itália, conhecida como “Fraterna Domus” de Sacrofano.

Francisco fez algumas reflexões sobre o "acolhimento" baseadas na encíclica Fratelli tutti.

O papa disse que a chamada “Cátedra do Acolhimento” não é “um laboratório asséptico no qual se elaboram fórmulas abstratas”, mas é “um momento de reflexão inseparável do trabalho sobre o terreno”.

“Enquanto vocês escutam e estudam, vocês têm em mente os rostos, as histórias, os problemas concretos, compartilhados com os palestrantes e nos grupos de debate”, disse.

Segundo o papa, "na medida em que é permeada por esta atitude de abertura e acolhimento, uma sociedade torna-se capaz de integrar todos os seus membros, mesmo aqueles que por diversas razões são "estrangeiros existenciais" ou "exilados ocultos", como por vezes, por exemplo, se encontram as pessoas com deficiência ou os idosos”.

Francisco elogiou o aspecto da gratuidade, “essencial para gerar fraternidade e amizade social” e citou um trecho da Fratelli tutti, que diz: "Só poderá ter futuro uma cultura sociopolítica que inclua o acolhimento gratuito".

“Muitas vezes falamos sobre a contribuição que os migrantes dão ou podem dar às sociedades que os acolhem. Isso é verdade e é importante. Mas o critério fundamental não reside na utilidade da pessoa, mas no valor em si que ela representa”, disse ele:

“O outro merece ser acolhido não tanto pelo que tem, ou pelo que pode ter, ou pelo que pode dar, mas pelo que é. É importante retomar esta tradição do acolhimento, a forma de acolher aqueles que não têm ou têm uma situação difícil”, concluiu o papa.

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