Edgar González Ruiz, um propagador da agenda anti-vida e homossexual na América Latina, acusou a Agência ACI Prensa de "mentir" em relação à apresentação de seu controvertido "livro" anti-vida –na realidade uma produção em PDF jamais impressa– e as razões pelas quais buscou que um grupo de desconhecidos escrevesse uma carta ao Presidente do Peru, Alejandro Toledo, exigindo limitar os direitos de expressão dos católicos. 

Em seu artigo, González Ruiz que se apresenta como "filósofo" e autor de "vários livros" que raramente vieram à luz, trata de demonstrar suas habilidades com o buscador Google, –que ele mesmo reconheceu como sua principal, se não única fonte de informação– para "demonstrar" que o diretor de ACI Prensa é o Sr. Alejandro Bermúdez... um dado que aparece publicamente na seção "quem somos" da página Web de ACI Prensa; assim como na página do programa de rádio de EWTN "Critérios", que Bermúdez apresenta. 

González Ruiz diz que com uma "perspectiva militante, a ACI deu suas próprias versões do livro Cruces y Sombras (Cruzes e Sombras), de minha autoria, do ocorrido durante sua apresentação em Lima nos dia 9 de dezembro de 2005". 

Em sua versão, o mexicano se apresenta como "vítima" de uma "conspiração ultradireitista" porque 25 das quase 80 pessoas reunidas no auditório da Pontifícia Universidade Católica em Lima por convite aberto de uma organização feminista que recebe dinheiro de Bill Gates, manifestaram-se contra o conteúdo de seu livro, e porque compreensivelmente se irritaram pela "democrática" decisão dos apresentadores, incluindo o próprio Sr. González Ruiz, de não aceitar perguntas. 

Como a ACI demonstrou no relatório original dos eventos, o suposto "investigador" mente ou inventa em mais da metade das referências referidas apenas à ACI Prensa em seu "livro"; e inclusive inclui como referência para criticar as organizações pro-vida, por exemplo, a um suposto autor "Jack T. Manggio", um pseudônimo irônico que faz referência a uma gíria peruana "Ya te manyo", que significa "já te conheço" ou "já te descobri". 

Em seu último artigo, no qual não responde à longa lista de falsidades, imprecisões e falta de seriedade acadêmica da qual é acusado, González Ruiz assinala que "as ações protagonizadas por militantes católicos nesse dia estão gravadas em vídeo e relatadas em artigos e notícias difundidas em diferentes meios de comunicação. Também está documentado o papel da ACI em apóio a esses militantes". 

Paradoxalmente, González Ruiz reconhece que houve organizações que se dedicaram a tomar fotografias e gravar em vídeo os participantes pro-vida, enquanto que ele mesmo e seus defensores assinalaram que quando a ACI Prensa –como agência de notícias que produz um programa de televisão–, levou um cinematografista devidamente identificado, estava realizando uma ação intimidatória", especialmente, porque conforme assinalou o militante pró-gay Herbert Mujica, "o câmera media um metro e 85". 

O curioso é que González Ruiz não é capaz de remeter a nenhuma nota da imprensa peruana fora de seu reduzido círculo anti-católico, e as supostas "fotografias" e "vídeos" incriminatórios aos que faz referência são imagens tomadas pelo "Movimento Homossexual de Lima" (MOHL) que participou ativamente do evento perseguindo os pró-vida, e que as colocou na Internet em seu site "notícias de Lima gay" e que podem ser vistas em:  http://noticiasdelimagay.tripod.com/fundamentalistas.htm. 

Nelas se vê que os grupos anti-vida, gays e lésbicas que financiam González Ruiz não têm nada a demonstrar. 

O publicitário mexicano afirma também em seu artigo-lamento que "desde antes de iniciar o evento, já estavam na primeira fila o cinematografista e o repórter da ACI, Walter Sánchez Silva", como se chegar a tempo em um evento fosse um sinal de "conspiração ultradireitista".

 Segundo González Ruiz, "Walter Sánchez inclui também várias mentiras em seu texto, como o que eu ‘me queixei’ aos organizadores pela presença da ACI Prensa"; com efeito o autor se queixou pela presença da ACI Prensa com os organizadores, e o fez com voz evidentemente amedrontada, quando ainda não havia mais pessoas no auditório fora ele mesmo, os promotores da organização feminista PROMSEX e o correspondente da ACI. Quer dizer, o autor não podia resistir a presença da ACI no evento. 

O publicitário anti-vida se lamenta também de que a ACI, "em sua nota sobre a apresentação, que leva o pitoresco título de ‘Apresentam livro contra a vida, a família e a igreja’, o repórter omite quase qualquer informação sobre as exposições apresentadas no evento e dá sua própria versão sobre o conteúdo do livro"; e assinala que os leitores podem conhecer "no seguinte site na Internet, para formar sua própria opinião:www.flora.org.pe/fundamentalismo.html "... Curiosamente, uma página web tão vazia quanto seus argumentos. 

Além disso, como "evidência" da "falta de objetividade" de Walter Sánchez Silva, González Ruiz volta a recorrer ao Google para encontrar esta mostra "incriminatória": o correspondente da ACI revelando que "me é totalmente inevitável e extremamente gratificante, alentador, esperançador –poderia pôr muitíssimos adjetivos aqui, todos certos– ter podido viver este tempo tão especial em companhia do Papa Bento XVI". 

Ao parecer, González Ruiz acredita que o correspondente de uma Agência católica não deveria ter nenhuma simpatia pelo Papa, pelo menos não a simpatia desmedida que ele mesmo tem por personagens tão obscuros como o ex-presidente mexicano Echeverría, considerado um dos mais corruptos e violentos do século XX, culpado moral pelo massacre de 25 estudantes inermes, e a quem o publicitário dedicou elogiosas defesas de duvidosa motivação. 

Carlos Polo, Diretor para a América Latina do Population Research Institute, e a quem o publicitário anti-vida qualifica de "um dos declarantes favoritos da ACI", assinalou que o artigo de González Ruiz, assim como seus "livros" "deixa mais perguntas que respostas". 

"González Ruiz fala de conspirações, redes, financiamentos ocultos, com a típica paranóia de quem vive de teorias da conspiração", diz Polo. "Mas acredito que antes de falar disso, deveria responder a muitas perguntas, se é que se considera um investigador honesto: Quem o financia? Quem financiou sua viagem ao Peru para apresentar um livro que se distribui pela Internet? Quem recebe dinheiro do estado norte-americano, especificamente da USAID, as organizações pró-vida ou as organizações abortistas que parecem financiá-lo? Como são financiadas as organizações abortistas e de homossexuais na América Latina?". 

"Talvez –conclui Polo- esse deveria ser o tema de seu primeiro livro de investigação a sério, e para o qual não lhe bastaria o buscador do Google, mas sim se veria obrigado a trabalhar de verdade".