O ex-secretário pessoal do falecido Papa João Paulo II, hoje Arcebispo de Cracóvia, Dom. Stanislaw Dziwisz, aceitou a decisão dos tribunais turcos de pôr em liberdade condicional Ali Agca, o turco que atentou em 1981 contra a vida do Santo Padre.

Segundo a agência AP, um tribunal turco decidiu libertar condicionalmente no próximo dia 12 de janeiro  Mehmet Alí Agca. Agca, de 47 anos de idade, foi extraditado a Turquia no ano 2000 após cumprir quase 20 anos da prisão na Itália por disparar contra o Papa na Praça de São Pedro em 13 de maio de 1981.

Dom. Dziwisz, antigo secretário pessoal João Paulo II, foi quem recebeu nos braços ao Pontífice depois de que este recebesse os disparos do Ali Agca. O Arcebispo assinalou através de seu porta-voz, que "João Paulo II perdoou ao Alí Agca faz muito tempo. Agora João Paulo II reza por ele no céu e eu também estou rezando. A decisão de lhe liberar corresponde ao sistema judicial em Ankara".

Assim como João Paulo II, Dom Dziwisz também "perdoou-lhe que coração", acrescentou o Padre Robert Necek, porta-voz do Arcebispo .

Considera-se que Dom Dziwisz salvou a vida do Papa ao tomar a decisão imediata de  levá-lo diretamente ao hospital no 'Papamóvel', em vez de esperar por uma ambulância. "Sua  instantânea decisão foi a mais acertada", recordou o sacerdote.