Hoje (15) é a festa de são Cláudio de la Colombière, padre jesuíta que o próprio Sagrado Coração de Jesus escolheu para promover esta devoção. Um dia o santo escreveu uma oração profunda diante das dificuldades.

São Cláudio, sendo padre, foi enviado como diretor de uma comunidade em Paray-le-Monial, França, cidade onde conheceu santa Margarita Maria Alacoque. Ela contou que quando o viu pregar, o Coração de Jesus lhe disse: "Aqui está aquele que eu te enviei".

A santa falou para ele sobre as visões que teve, e o padre a encorajou a receber com humildade o que Deus lhe comunicou.

O padre foi enviado para a Inglaterra, onde difundiu a devoção ao Coração de Jesus. Mas ele foi acusado de conspirar contra o rei e acabou sendo preso.

Voltou para a França com graves problemas de saúde e morreu em Paray. Santa Margarita lhe havia dito que o Coração de Jesus queria que ele morresse ali.

Segundo a página de santos do site corazones.org, administrada pelos Servos dos Corações Transpassados ​​de Jesus e Maria, são Cláudio escreveu uma oração chamada “Ato de confiança em Deus”:

Meu Deus, estou tão convencido que velais sobre aqueles que em Vós confiam, e que nada pode faltar a quem de Vós tudo espera, que resolvi viver para o futuro sem preocupação alguma, e descarregar sobre Vós todas as minhas preocupações. “Em paz me deito e descanso, porque Vós, Senhor, me firmastes na esperança” (Sl 4, 9).

Podem os homens despojar-me dos bens e da honra, pode a doença roubar-me as forças e os meios para Vos servir, posso até perder a graça pelo pecado; mas o que nunca perderei é a esperança; conservá-la-ei até ao último alento da minha vida, embora todas as potências infernais se esforcem em vão por me roubar. “Em paz me deito e descanso”.

Esperem outros a felicidade das suas riquezas e talentos; confiem na inocência da sua vida, no rigor da sua penitência, no número das suas boas obras ou no fervor das suas orações. Vós, Senhor, a mim me constituístes na esperança. Quanto a mim, toda a minha confiança se funda nesta mesma confiança. Ela nunca enganou ninguém. “Nunca ninguém esperou em Deus e ficou confundido” (Sir 2, 11). E assim, estou seguro de que serei eternamente bem-aventurado, porque espero firmemente sê-lo, e é de Vós, ó meu Deus, que o espero. “Confiei em Vós, Senhor, jamais serei iludido” (Sl 30, 2).

Conheço e sei demasiado como sou frágil e volúvel. Não ignoro quanto podem as tentações contra as mais robustas virtudes. Vi cair as estrelas e derrubar as colunas do firmamento; mas nada disso me mete medo. Enquanto esperar, ficarei a coberto de todas as desgraças; e estou seguro de esperar sempre, porque espero até esta invariável esperança.

Finalmente, estou certo de que nunca será demasiado tudo o que em Vós espere, e que nunca poderei ter menos do que de Vós souber esperar. Espero, portanto, que tereis mão nas minhas inclinações mais violentas, e me defendereis dos assaltos mais furiosos, e fareis triunfar a minha fraqueza dos meus mais temíveis inimigos.

Espero que me amareis sempre, e que também eu Vos hei-de amar incessantemente. E para levar a minha esperança tão alto quanto ela pode subir, de Vós mesmo Vos espero, ó meu Criador, para o tempo e para a eternidade.