O arcebispo Sviatoslav Shevchuk, primaz da Igreja greco-católica ucraniana, disse que os dois padres presos pelo exército russo em Berdyansk, Ucrânia, são "torturados sem piedade".

No dia 16 de novembro, os padres redentoristas padre Ivan Levystky, pároco da igreja da Natividade da Santíssima Virgem Maria, e o padre Bohdan Geleta, seu vigário, foram acusados ​​de posse de armas e munições em um prédio paroquial.

“Ontem houve um relato de que são torturados sem piedade. Segundo os métodos clássicos de repressão stalinistas, extraem-se deles confissões de crimes que não cometeram. Eles correm perigo de morte todos os dias”, disse o patriarca na quinta-feira (1º).

Segundo dom Shevchuk, seus padres "foram presos, depois colocaram alguns itens militares no templo e os acusaram de posse ilegal de armas".

“Esses dois padres decidiram ficar com seu povo nos territórios ocupados. Eles serviram às comunidades católicas grega e romana, trazendo uma luz de esperança para as pessoas sob ocupação”, disse.

O exarcado arquiepiscopal de Donetsk, ao qual pertencem o padre Levystky e padre Geleta, disse em 30 de novembro que até o momento não tem nenhuma conexão com eles e que o padre Geleta “tem uma doença que o obriga a tomar regularmente medicamentos especiais”.

“Estar preso e ser torturado representa uma ameaça muito séria à sua vida”, disse.

Neste contexto, dom Shevchuk pediu à comunidade internacional que facilite a libertação dos padres.

“Peço aos representantes diplomáticos e organizações internacionais de direitos humanos que façam todo o possível para salvar suas vidas”, disse Shevchuk.

Ele também exortou a Guarda Nacional Russa a "libertá-los imediatamente".

“Isso não é culpa dos sacerdotes de Cristo. Foram culpados só porque amam seu povo, a Igreja e o povo a eles confiado. Peço a todos os fiéis que rezem pela salvação de nossos pastores", concluiu.

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