A Santa Sé organizará de 9 a 11 de novembro um Congresso sobre os modelos de santidade e dos processos de canonização dos últimos 40 anos.

A iniciativa da Pontifícia Comissão para as Ciências Históricas e pelo Dicastério para as Causas dos Santos, foi apresentada hoje (8).

 

O papa Francisco escreveu em sua conta oficial no Twitter @Pontifex_pt que “a santidade não é um programa de esforços e renúncias; mas é, antes de mais nada, a experiência de ser amados por Deus, de receber gratuitamente o seu amor, a sua misericórdia.”

 

Na entrevista coletiva de apresentação do congresso, o presidente do Pontifício Conselho para as Ciências Históricas, padre Bernard Ardura, disse que são João Paulo II promulgou em 25 de janeiro de 1983 a Constituição Divinus perfectis Magister, na qual "declarou que estava seguindo os passos de seus predecessores, especialmente Urbano VIII e Bento XIV, que já em seu tempo souberam recolher as experiências dos séculos passados para tornar o estudo das causas dos santos cada vez mais preciso e documentado”.

Segundo Ardura, são João Paulo II disse que Pio XI, "o papa que, entre as duas guerras mundiais, soube captar a importância do progresso nas disciplinas históricas, para conhecer melhor e com mais certeza a verdade sobre os Servos de Deus, propôs a beatificação e a canonização”.

Ardura reconheceu que "obviamente, com a simplificação do procedimento realizado pelas reformas de Paulo VI e, sobretudo, de João Paulo II, houve um notável aumento das beatificações e canonizações". Durante os 25 anos de pontificado de são João Paulo II, foram "mais de 450 santos e quase 1,3 mil beatos, um número sem precedentes na história do cristianismo e que representa mais da metade de todos os santos e beatos proclamados desde o final do século XVI".

Durantes os três dias do congresso buscar-seá "um balanço dos últimos 40 anos, desde João Paulo II até os dias de hoje, no campo da hagiografia, da teologia e do direito relativo às causas dos santos, e tentaremos destacar a grande variedade das figuras de santidade, desde mártires a santos religiosos e leigos, homens e mulheres, ministros ordenados, papas, doutores, crianças e adolescentes”.

"É possível distinguir a santidade 'da porta ao lado' da santidade canonizada, por isso é necessário questionar os significados da santidade canonizada, nas diferentes esferas religiosas, sociais e políticas", disse.

Os organizadores querem "identificar os ambientes de santidade que refletem nosso tempo: família e movimentos religiosos, e gostaríamos de tocar pelo menos em alguns temas muito relevantes, como o desafio da inculturação da santidade, santidade e misticismo, as várias dimensões e significado do milagre nas causas dos santos, sem esquecer as representações dos santos, que dizem algo sobre a imagem que fazemos da própria santidade”.

“As figuras dos santos mais queridos nos dizem algo sobre a Igreja viva, a fé dos crentes, suas aspirações, sua relação com Deus, com os santos, com a Igreja, com seu ambiente de vida”, disse o padre Ardura.

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