O papa Francisco recebeu em audiência hoje (21) os participantes do congresso mundial da União Internacional de Patronais Católicas (UNIAPAC) realizado no Vaticano sob o título “A coragem de mudar, criar uma nova economia para o bem comum”.

"Nunca esqueçam que todas as nossas capacidades, incluindo o sucesso nos negócios, são dons de Deus e devem ser claramente orientadas para o desenvolvimento dos outros e a eliminação da pobreza", disse o papa Francisco aos dirigentes empresariais presentes.

Defendeu que " a verdadeira coragem também exige que sejamos capazes de reconhecer a graça divina na nossa vida".

O papa Francisco também disse aos empresários que o mundo precisa urgentemente de "uma economia diferente, que crie vida e não mate, que inclua e não exclua".

“Toda pessoa tem o direito de participar da vida econômica e o dever de contribuir, de acordo com suas capacidades, para o progresso de seu país e o desenvolvimento da economia”, disse o papa. Os empresários são chamados a “agir como fermento para garantir que o desenvolvimento chegue a todas as pessoas, mas especialmente às mais marginalizadas, mais necessitadas, de modo que a economia possa sempre contribuir para o crescimento humano integral”.

Para Francisco, o trabalho “deve ser entendido e respeitado como um processo que vai muito além da troca comercial entre empresário e empregado”.

“Um trabalho que não se importa, que destrói a criação, que põe em risco a sobrevivência das gerações futuras, não respeita a dignidade dos trabalhadores e não pode ser considerado decente”, disse o papa. "Pelo contrário, o trabalho que se preocupa em contribuir para a restauração da plena dignidade humana, ajudará a garantir um futuro sustentável para as gerações futuras. E essa dimensão do cuidado inclui, antes de tudo, os trabalhadores”.

Ao concluir, incentivou os presentes a apoiar os jovens e a “caminhar com eles, ensiná-los e aprender com eles; e, juntos, dar forma a 'uma nova economia para o bem comum’”.

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