A votação do projeto de lei, que poderá legalizar o aborto por qualquer motivo e até os nove meses de gestação, foi mais uma vez adiada, pela falta de quórum na sessão que seria realizada na Comissão Parlamentar de Segurança Social e Família (CSSF).

Estavam presentes cerca de 200 religiosos,  que faziam pressão contra a aprovação do mencionado projeto através de lemas como "Vida sim, aborto não, ano que vem tem eleição" e anotando os nomes dos deputados que entravam na sessão. Cerca de 20 deputados entraram na sala, mas nem todos permaneceram e a sessão foi adiada pois havia apenas onze dos 17 parlamentares necessários.

Segundo o noticiado pela agência Brasil, o deputado presidente da sessão, Arnaldo Faria de Sá,  disse que será necessário marcar um novo dia para a votação, mas ainda não tem data prevista.

A relatora do projeto, deputada Jandira Feghali, do Partido Comunista do Brasil, defende que o aborto consentido deixe de figurar no código penal e não seja motivos de sanções nem para a mulher nem para os médicos envolvidos. O projeto prevê a difusão dos métodos contraceptivos e procedimentos abortidos em postos de saúde e hospitais de todo o país.

Grupos pró-vida reuniram cerca de 100 pessoas vindas de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte para protestar contra o projeto. A presidente da Associação Nacional Mulheres pela Vida, Doris Pires, reiterou que o "aborto é um assassinato e como crime deve ser punido", rechaçando a aprovação da lei.