“Se sintam embaixadores do convite da Jornada. Agora se dizem influencers”, disse o bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ 2023, dom Américo Aguiar aos jovens de Movimentos e grupos jovens de Brasília que o receberam na última terça-feira (6), na cúria arquidiocesana de Brasília. “Estão todos investidos da autoridade para fazer o convite a todos os jovens”, disse o bispo, que foi acompanhado de dois membros do Comitê Organizador Local (COL) da 23ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023.

A 23ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) acontecerá entre os dias 1º a 6 de agosto de 2023 em Lisboa, Portugal, com o tema: “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39).

O COL está no Brasil desde 26 de agosto para “motivar a participação dos jovens brasileiros e da Igreja no Brasil na JMJ 2023”, disse Dom Américo à ACI Digital.

“Nós estamos fazendo uma peregrinação. Pedimos a CNBB, a pastoral juvenil que nos ajudasse a fazer um percurso no Brasil, um pequenino percurso, porque não seria possível visitarmos todas as dioceses, nem sequer todas as regiões”, disse o bispo aos jovens de Brasília.

Ele disse ter pedido à CNBB ajuda para “corresponder aquilo que é o pedido do papa Francisco: que o convite para a Jornada chegue a todos”.

“Esse é o primeiro desafio: que o convite chegue a todos! Não é que todos digam que sim, é que todos se sintam convidados”, disse o bispo. “O mais rico, o mais pobre, o mais famoso, o mais anônimo. Todos são convidados para a Jornada. Depois cada um vai decidir. Vai decidir se quer ir ou que não quer. Ou então se pode ir ou não pode ir. E a partir daqui muito milagre vai acontecer”.

Segundo dom Aguiar a JMJ 2023 e o papa querem recuperar para a juventude “a capacidade, a coragem, a força de sonhar”.

“Depois, lutar pelos sonhos. Não é sonhar e ficar sentado na poltrona. É sonhar e lutar pelos sonhos e depois ser poeta. Se o jovem for sonhador, lutador e poeta vai dar briga! E é isso que é preciso: dar briga! Aliás, o papa usou uma expressão em espanhol que os jovens te que “hacer lío”, fazer barulho, armar barraca, montar a tenda. Quando nós não sentimos que os jovens não estão presentes, alguma coisa está acontecendo de mal”, declarou o bispo.

“Eu costumo dizer brincando, de verdade, que a Jornada Mundial da Juventude sem o Brasil é como um mundial de futebol sem Brasil. Não pode! Nós precisamos que o Brasil seja o maior contingente de jovens presentes em Portugal”, enfatizou dom Américo.

Ele disse contar com a ajuda da CNBB, da pastoral juvenil, das regionais, das dioceses para que “organizem uma presença que seja substancial” na JMJ em Lisboa”.

A jornada não é uma visita turística, disse o bispo, mas um encontro “com Cristo vivo, um encontro dos jovens uns com os outros e um encontro o papa”.

“Isso é o que nós queremos que seja. Para isso é preciso fazer um caminho de preparação espiritual. A jornada tem patronos que o patriarca de Lisboa escolheu, mas o contingente do Brasil pode ter um patrono, cada diocese pode ter um patrono, cada regional pode ter um patrono, cada pequeno grupo pode ter um patrono que ajude na dinâmica para a caminhada até chegarmos todos a Lisboa”, disse dom Aguiar.

A organização da JMJ prevê que, até o final de outubro, estejam abertas as inscrições. O papa “é sempre o primeiro peregrino quem se inscreve e a partir daí todos poderão se inscrever”.

O Comitê Organizador Local (COL) da 23ª JMJ fica no Brasil até o dia 10 de setembro e depois seguem para Lima, no Peru, para a reunião da pastoral da juventude da América Latina.

 

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