As palavras do papa Francisco sobre a guerra na Ucrânia “devem ser lidas como uma voz levantada em defesa da vida humana” e não como “uma posição política”, disse a hoje (30) a sala de imprensa da Santa Sé.

Comunicado diz que em “mais de uma ocasião, assim como nos últimos dias, surgiram discussões públicas sobre o significado político a ser atribuído a essas intervenções”.

No dia 24 último, o papa Francisco lamentou a morte de Daria Dugina, filha do pensador russo Alexander Dugin, próximo do presidente russo Vladimir Putin, em um ataque a bomba no sábado, 20 de agosto, em Moscou.

O embaixador da Ucrânia na Santa Sé, Andrii Yurash, acusou o papa de pôr agressores e agredidos na mesma categoria.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia convocou o núncio apostólico na Ucrânia, Visvaldas Kulbokas, para reclamar do que disse o papa.

"No contexto da guerra na Ucrânia, são várias as intervenções do Santo Padre Francisco e seus colaboradores a este respeito", diz o comunicado de hoje da Sala de Imprensa. “Na maioria das vezes, seu objetivo é convidar os pastores e os fiéis à oração, e todas as pessoas de boa vontade à solidariedade e aos esforços para reconstruir a paz”.

“Quanto à guerra em larga escala na Ucrânia, iniciada pela Federação Russa, as intervenções do Santo Padre Francisco são claras e unívocas em condená-la como moralmente injusta, inaceitável, bárbara, insensata, repugnante e sacrílega”, conclui o comunicado.

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