A Santa Sé demitiu do estado clerical padre Diego Rodrigo dos Santos, da diocese de Limeira (SP). Ele estava suspenso de suas atividades sacerdotais desde março de 2020, quando a diocese paulistana abriu uma investigação contra ele, segundo disse à época, “conforme as normas do direito canônico e do motu proprio Vos estis lux mundi”.

A carta apostólica sob forma de motu proprio Vos estis lux mundi (Vós sois a luz do mundo) foi publicada em 2019 pelo papa Francisco e contém medidas que todas as dioceses do mundo devem adotar para prevenir e combater os abusos sexuais cometidos por membros da Igreja contra menores de idade e pessoas vulneráveis.

Em nota publicada no último dia 19 de agosto, com data de 11 de agosto, a diocese de Limeira informou que “a Congregação da Doutrina da Fé, após procedimento canônico próprio, decidiu pela aplicação da pena de demissão do estado clerical do senhor Diego Rodrigo dos Santos”.  Com isso, após ser notificado, Santos “não poderá mais exercer, válida e licitamente, o ministério sacerdotal”. A diocese não divulgou quais denúncias motivaram a investigação e demissão de Santos.

Segundo matéria publicada pelo jornal O Globo em março de 2020, as denúncias contra o então sacerdote enviadas à diocese envolviam casos de pedofilia e abusos sexuais. Na época, Santos era responsável pela paróquia São Sebastião, em Limeira. A matéria citou ainda um suposto envolvimento de Santos com padre Pedro Leandro Ricardo, acusado de abusar sexualmente de coroinhas entre 2002 e 2005, quando atuava na paróquia São Francisco de Assis, em Araras (SP).

Em março deste ano, Pedro Leandro Ricardo também foi demitido do estado clerical pelo papa Francisco. O ex-padre foi condenado em maio pela Justiça de Araras a 21 anos de prisão, em regime fechado, por atentado violento ao pudor.

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