Os bispos brasileiros fizeram um chamado a toda a população para que se manifeste com mais energia contra a legalização do aborto no país, a menos de 24 horas de que uma Comissão do Parlamento Nacional decidir se aprova ou não um projeto abortista.

Os prelados informaram no site da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) que os cidadãos devem reforçar a campanha de mensagens para convencer os deputados da importância de votar a favor, em defesa da vida.

A votação do projeto de lei, que poderá legalizar o aborto por qualquer motivo e até os nove meses de gestação, será realizada na Comissão Parlamentar de Segurança Social e Família (CSSF) finalmente amanhã, 6 de dezembro.

A votação, inicialmente programada para 30 de novembro passado, foi postergada a pedido da autora do anteprojeto de lei, a deputada abortista do Partida Comunista do Brasil, Jandira Feghali, logo depois de um acalorado e prolongado debate que antecipou uma vitória dos defensores da vida contra o aborto. A deputada conseguiu atrasar a votação, alegando que apresentaria modificações no texto.

Entretanto, a CNBB informou que inclusive com as mudanças anunciadas, o essencial do projeto permanece e este continua propondo a liberação do aborto em qualquer circunstância durante os nove meses de gravidez.

Até a semana passada, a impressão geral era de que a maioria dos parlamentares da CSSF votaria a favor do projeto, entretanto na tarde do dia prévio a 30 de novembro a maioria de deputados considerados indecisos, declararam que votariam contra.

Segundo os analistas, nesta mudança foram cruciais as inumeráveis manifestações provenientes de diversos setores da sociedade brasileira que incluíram uma avalanche de mensagens eletrônicas, faxes e chamadas telefônicas de todo o país aos deputados federais.

Embora se espera que mantenham sua postura, a CNBB estima em seu site na Internet que é necessário insistir com a campanha para assegurar um compromisso com a vida.