O papa Francisco concluiu hoje (29) sua visita ao Canadá e partiu de avião para Roma, onde chegará por volta de 8h50 de sábado (horário local).

Francisco chegou ao Canadá no domingo (24) para uma visita que chamou de “peregrinação penitencial”, com o objetivo de pedir perdão pelo mau comportamento que “tantos cristãos” tiveram contra os indígenas em escolas residenciais.

As escolas residenciais eram um programa do governo canadense que separava as crianças indígenas de suas famílias, para serem assimiladas na cultura ocidental, separando-as de suas raízes nativas.

Várias dessas escolas foram administradas por congregações religiosas católicas. Estima-se que havia aproximadamente 150 desses centros em todo o país.

A visita do papa Francisco era muito aguardada pelas comunidades nativas, cujos líderes viajaram ao Vaticano em março deste ano.

“Peço perdão, em particular pelas formas em que muitos membros da Igreja e das comunidades religiosas cooperaram, inclusive através da indiferença, naqueles projetos de destruição cultural e assimilação forçada dos governos de então, que culminaram no sistema das escolas residenciais”, disse o papa na segunda-feira (25), em seu encontro com as primeiras nações, métis e inuit.

O papa Francisco, que também teve encontros com as autoridades civis e eclesiásticas, exortou o país a iniciar um caminho de cura e reconciliação.

Francisco também se reuniu hoje, em particular, com alguns ex-alunos das escolas residenciais. Na segunda-feira (25), escutou o testemunho de Wilton Littlechild, também ex-aluno desses centros.

Em sua última atividade hoje, o papa Francisco reiterou seu convite para “percorrer, juntos, um itinerário de cura e reconciliação, que, com a ajuda do Criador, nos ajude a projetar luz sobre o que aconteceu e superar aquele passado obscuro”.

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