O arcebispo de Madri, Espanha, cardeal Carlos Osoro, avaliou o andamento do relatório sobre abusos sexuais na Igreja e classificou como "doloroso" o fato de que entre mil e 2 mil casos estejam sendo estudados.

Em fevereiro deste ano, a Conferência Episcopal Espanhola encomendou ao escritório de advocacia Cremades & Calvo-Sotelo um relatório completo dos casos de abuso que ocorreram dentro da Igreja Católica na Espanha.

O presidente do escritório, Javier Cremades, disse que, cinco meses após o início dos trabalhos, foram classificados entre mil e 2 mil casos, a maior parte deles aconteceu nas décadas de 1970 e 1980. O relatório deve ficar pronto na primavera de 2023.

Oroso, que é vice-presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), considera que "um caso já é grave em si mesmo", pois "não há explicação de que dentro da Igreja" aconteçam esses episódios.

“É doloroso que isso aconteça, não deveria haver nenhum caso", disse o cardeal à agência epanhola de notícias Europa Press, após encerrar um curso de verão organizado pela Universidade Complutense de Madri.

O cardeal Osoro disse que os meios necessários estão sendo fornecidos às dioceses "para que isso não aconteça”.

Nenhuma outra instituição ou grupo profissional ou social está fazendo um esforço semelhante. Relatórios da Fundação ANAR (Ajuda a Crianças e Adolescentes em Risco, na sigla em espanhol) voltada ao atendimento a menores vítimas de abuso e violência, mostram que, na Espanha, apenas 0,2% dos casos de abuso sexual a menores envolvem padres.

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