A Conferência Episcopal Italiana (CEI) publicou um comunicado no que desaconselham os casamentos chamados mistos, particularmente as uniões entre católicos e muçulmanos, pelos numerosos problemas que se observaram nestes casais nos últimos anos.

"Pela experiência destes anos desaconselhamos ou pelo menos não incentivamos os matrimônios mistos", assinalou a CEI e considerou que estas uniões sejam "intrinsecamente frágeis", diferem sobre "a educação religiosa dos filhos" e apresentam visões diferentes do "papel da mulher" e o sentido mesmo do matrimônio.

"Além das dificuldades de cada casal, os católicos e muçulmanos que querem criar uma família encontram problemas relacionados com profundas diferenças de caráter religioso e cultural", advertiram os bispos.

A CEI pediu aos sacerdotes que celebram tais uniões interrogar seriamente aos noivos sobre religião, o conhecimento recíproco da cultura e o tipo de educação religiosa que desejam dar a seus filhos.

Os bispos assinalaram que os casamentos mistos cresceram de oito mil e 600 em 1992 para 19 mil em 2005.